Catálogo de publicações acadêmicas Serranas


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A AUTORREFLEXÃO COLABORATIVO-CRÍTICA COMO PRINCÍPIO PARA FORMAÇÃO CONTINUADA: PERSPECTIVAS PARA INCLUSÃO ESCOLAR

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 13:13)

A presente dissertação de mestrado objetivou compreender a formação continuada dos profissionais da educação, numa perspectiva da autorreflexão colaborativo-crítica, com a intencionalidade de contribuir com o processo de inclusão escolar dos alunos público-alvo da Educação Especial. Para isso, fundamentou-se na teoria da ação comunicativa de Habermas e na colaboração autorreflexiva entre pesquisadores e professores participantes proposta por Carr e Kemmis, tomando-os também como autores e investigadores de sua prática. De natureza qualitativa, assumiu-se a pesquisa-ação colaborativo-crítica como perspectiva de investigação com o outro, cuja realização se deu através de movimentos não lineares de compreensão e de colaboração com o contexto. Buscou-se, concomitantemente, compreender os processos de formação continuada em sua interface com a Educação Especial em uma escola municipal de ensino fundamental da Serra/ES e colaborar com a construção de um processo formativo via grupo de estudo-reflexão, tomando a autorreflexão colaborativo-crítica e a inclusão escolar como princípios. A produção de dados valeu-se de instrumentos e estratégias como a observação participante, com registro em diário de campo, entrevistas semiestruturadas, questionários semiabertos, narrativas escritas e diálogos estabelecidos no grupo de estudo-reflexão e na escola. Os dados foram organizados a partir da análise de conteúdo e analisados à luz da teoria crítica de Habermas. A análise dos dados indica que as concepções de Educação Especial, de inclusão escolar e de formação continuada presentes nos discursos dos profissionais, embora ainda bastante permeadas pela racionalidade instrumental, revelam uma possível transição rumo a perspectivas mais críticas e/ou comunicativas. Os profissionais enfatizaram a necessidade de formação continuada voltada ao processo de inclusão escolar, dado que a garantia de espaços de reflexão e de formação docente era, naquele momento, um desafio para a organização da escola. Constituiu-se, então, um grupo de estudo-reflexão com profissionais dessa escola, tendo como interesse comum a Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar. O grupo configurou-se em um espaço discursivo no qual, por meio da autorreflexão colaborativo-crítica, pôde repensar suas próprias práticas. O estudo mostra que o grupo de estudo-reflexão se colocou como alternativa aos modelos tradicionais de formação docente e a pesquisa-ação colaborativo- crítica como possibilidade de construção de conhecimento com o outro, transformando concepções e práticas em prol de uma escola inclusiva, favorecedora da aprendizagem de todos. Apresenta-se como produto educacional desta pesquisa uma proposta de formação continuada pela via de grupos de estudo-reflexão para orientar e subsidiar a construção de outros modos de formação pelos profissionais da educação em seus próprios espaços de atuação.

Por Fernanda Nunes Da Silva

Palavras-chave: Educação especial / Inclusão escolar / Formação continuada / Pesquisa-ação / Autorreflexão colaborativo-crítica



A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E O DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES: UM OLHAR PARA AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 06:33)

Esse estudo teve como objetivo geral investigar como as práticas pedagógicas podem contribuir para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores da criança com deficiência intelectual na Educação Infantil. Como objetivos específicos, buscou-se analisar o papel da mediação para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores nos processos de aprendizagem e desenvolvimento no contexto escolar; conhecer as características e potencialidades dos sujeitos com deficiência intelectual no que diz respeito a sua aprendizagem e desenvolvimento; identificar e analisar práticas pedagógicas que potencializem o desenvolvimento das funções psicológicas superiores da criança com deficiência intelectual na Educação Infantil. Para tal, foram utilizados, como aporte teórico, os estudos de Lev S. Vigotski e seus colaboradores que compreendiam que o processo de aprendizagem e desenvolvimento ocorre por meio das relações que se estabelecem com o meio e que, por meio do plano social, toda a deficiência pode ser compensada. Para alcance dos objetivos propostos, por meio da abordagem qualitativa de pesquisa, utilizamos a análise microgenética, pois este método de pesquisa consiste na compreensão dos fenômenos a partir de seu acontecer histórico, com um olhar voltado para o particular, sem perder de vista o objeto em sua totalidade. Como procedimentos de recolha de dados, utilizaram-se a observação e as entrevistas buscando compreender os movimentos que envolviam o fazer pedagógico e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Esse estudo teve como lócus de pesquisa um Centro Municipal de Educação Infantil localizado no município de Serra/ES. Foram sujeitos desse estudo uma criança de dois anos com diagnóstico clínico de deficiência intelectual, a professora de Educação Infantil, a Assistente de Educação Infantil, a estagiária, a professora de Arte, a professora especialista em Educação Especial e a pedagoga. Como resultados, percebemos que o diagnóstico clínico, quando bem interpretado, pode se tornar instrumento de potência no trabalho pedagógico. Além disso, notamos que as práticas pedagógicas se constituem em ações mediadoras capazes de alavancar o processo educativo do sujeito. No caso da criança com deficiência intelectual, as práticas pedagógicas cumprem, ainda, o papel de conduzir por caminhos indiretos o curso do desenvolvimento, colocando em movimento as funções psicológicas superiores. Observamos, ainda, que as funções psicológicas superiores atuam de modo interfuncional em um sistema de (re)subordinação e reestruturação. Por fim, percebemos que o aprendizado, quando organizado de maneira adequada, pode resultar em desenvolvimento mental, possibilitando à criança com deficiência aprender e se desenvolver como sujeito social, histórico e cultural.

Por Lívia Vares da Silveira Braga

Palavras-chave: Deficiência Intelectual / Práticas Pedagógicas / Funções Psicológicas Superiores



A CRIANÇA COM SÍNDROME DE CORNÉLIA DE LANGE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:53)

Essa pesquisa teve por objetivo geral investigar o processo de aprendizagem, desenvolvimento e inclusão de uma criança com síndrome de Cornélia de Lange (SCdL) na educação infantil. A pesquisa usou como metodologia o estudo de caso do tipo etnográfico, tendo como aporte teórico os escritos de André; Gil; Moreira, Caleffe; Michel; e Sarmento. Como procedimentos, optamos por realizar pesquisa de campo, entrevistas semiestruturadas, observações participantes, registros fotográficos e fílmicos. A pesquisa de campo foi desenvolvida em um Centro Municipal de Educação Infantil no município de Vitória/ES. Para fundamentação teórica e análise e discussão dos dados, apoiamo-nos nos pressupostos de Vigotski e seus interlocutores, depreendendo alguns de seus conceitos (brincar, funções psicológicas superiores, internalização, mediação, relações interpessoais e zona de desenvolvimento iminente), para que com isso tivéssemos clareza ao discutir alguns apontamentos da prática pedagógica. A pesquisa nos permitiu conhecer a síndrome Cornélia de Lange por meio de uma criança na última etapa da educação infantil. Percebemos que o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) tem tentado ao máximo incluir a criança em todas as atividades em que a turma está inserida, mesmo em meio às dificuldades. Compreendemos que as mediações e interações entre crianças-crianças e crianças-adultos têm contribuído para a aprendizagem e desenvolvimento do sujeito de pesquisa, bem como sua inclusão no processo educacional como sujeito que aprende e ensina.

Por Maycon De Oliveira Perovano

Palavras-chave: Educação Especial e Inclusiva / Práticas Pedagógicas / Síndrome Cornélia de Lange



A CRIANÇA COM SÍNDROME DE WEST NA EDUCAÇÃO INFANTIL: INCLUSÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 07:04)

Esse estudo teve como objetivo geral investigar como se dá o processo de inclusão da criança com Síndrome de West na educação infantil. Como objetivos específicos, buscou-se conhecer a Síndrome de West, suas características, particularidades e peculiaridades; identificar e analisar as práticas pedagógicas voltadas para a criança com Síndrome de West, e quais suas implicações na inclusão e aprendizagem dessa criança; analisar as estratégias de ensino e recursos pedagógicos que os professores utilizaram para o processo de inclusão dessa criança na educação infantil. Ancorado na teoria sócio-histórica de Lev S. Vigotski e de seus colaboradores, esse estudo utilizou da proposta metodológica da pesquisa qualitativa na perspectiva do estudo de caso do tipo etnográfico para alcance dos objetivos propostos. Como procedimentos para produção de dados, recorreu-se à observação participante, entrevistas semiestruturadas, e às fotografias e filmagens. Esse estudo teve como lócus de pesquisa um Centro Municipal de Educação Infantil localizado no município de Serra/ES, sendo sujeitos desse estudo uma criança de três anos com diagnóstico clínico de síndrome de West, sua mãe, a professora regente, a cuidadora, a auxiliar de creche, a professora de Educação Física, a professora de Educação Especial, a pedagoga e o diretor escolar. Como resultados, percebemos que o processo de inclusão da criança com síndrome de West somente ocorreu, porque essa foi vislumbrada para além de suas marcas biológicas, como um sujeito produtor de história e de cultura; que ao planejar suas práticas pedagógicas, as professoras buscavam partir das particularidades e singularidades dessa criança, oportunizando experiências significativas e desafiadoras, reforçando suas potencialidades; que as estratégias de ensino e recursos pedagógicos que as professoras utilizavam para o processo de inclusão do sujeito com SW eram simples e corriqueiros, porém, facilitadores no processo de ensino e aprendizagem dessa criança; que a criança com SW apresentou-se em constante movimento de aprendizagem e desenvolvimento, que por meio das interações com o outro e com o conhecimento sistematicamente organizado, ela se “reequipou”, adquiriu outras habilidades, se transformou e se humanizou. Por fim, tendo em vista o processo de inclusão da criança evidenciada nessa pesquisa, não podemos conceber a ideia de que as limitações biológicas sejam impeditivas de a criança com deficiência participar dos eventos da vida comum, de interagir com os diversos sujeitos nos mais variados contextos, e, sobretudo, de ter acesso à educação formal, e nesse movimento, apropriar-se dos conhecimentos sistematizados, aprender e desenvolver características superiores especificamente humanas.

Por Sabrina da Silva Machado Trento

Palavras-chave: Síndrome de West / Inclusão / Práticas Pedagógicas / Educação Infantil / Aprendizagem e Desenvolvimento



A FORÇA DO RISO COMO MÁQUINA DE LUTA ENTRE A ATENÇÃO E O APEGO À VIDA: CARTOGRAFIAS DAS APRENDÊNCIAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 07:05)

Este trabalho objetiva cartografar indícios que o riso evidencia em relação às possibilidades da atenção à vida e do apego à vida nos movimentos curriculares, que se desdobram em aprendências com professores, professoras e crianças de uma escola pública. Indica que a atenção à vida se relaciona com um certo tipo de resposta às exigências sociais e o apego à vida movimenta o pensamento para além da inteligência, impulsionando, a partir da emoção criadora, aos movimentos e não simplesmente às formas. Defende a tese de que as forças do riso se entrelaçam aos processos aprendentes nos planos de composição da escola, constituindo modos de atenção e apego à vida que deslocam o pensamento e potencializam a invenção e a emoção criadora. Parte, principalmente, das proposições de Henri Bergson, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Destaca o cenário político atual como catastrófico, o que gera graves efeitos micropolíticos, visto que propagam a insegurança e o medo do colapso. Observa que, nesse cenário, o riso não é desejado, pois se espera que o automatismo impere e que seja aceito sem delongas, uma vez que, quanto mais automaticamente houver uma adequação às palavras de ordem, mais satisfeitos estarão aqueles que se alimentam da passividade. O estudo problematiza processos de subjetivação que subvertem os tempos capitalísticos, que riem da ideia de que todas as imagens já estão dadas de antemão, uma vez que os processos de subjetivação passam por assujeitamentos, mas também por resistências. Aposta no riso como máquina de luta, como gesto agenciador de movimentos curriculares comunísticos que se opõem ao regime capitalístico, impulsionando um esforço inventivo. Cartografa as aprendências inventadas na Escola Horizontes, escola de ensino fundamental localizada no município de Serra/ES, mais especificamente no bairro Novo Horizonte, por meio de com-versas, observações, imagens e intervenções. Entende a cartografia como feitiçaria por ser produzida como uma pesquisa das alianças e dos contágios, possibilitando fazer ver diferentes linhas que atravessam os processos de subjetivação, os blocos de intensidades e de devires. Pensa ainda o riso e suas potencialidades na visibilização dos sonhos de professores e alunos em relação à escola, indo de encontro às certezas absolutas e permitindo vislumbrar variações e se deslocando dos hábitos adquiridos. Conclui pela força da escola pública como possibilidade de conspirar outros mundos possíveis a partir das tessituras comunísticas dos currículos que fazem um riso bailar nos rostos, trazendo à tona, como em Dom Quixote, o moinho de vento, perturbando nossos esquemas sensório-motores e constituindo devires ao infinito.

Por Suzany Goulart Lourenço

Palavras-chave: Currículo / Aprendizagem / Riso / Invenção / Emoção Criadora



A FORÇA REVOLUCIONÁRIA DAS EXPERIMENTAÇÕES POLÍTICAS DE AMIZADE, ALEGRIA E GRUPALIDADE NOS CURRÍCULOS E NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 12:42)

Problematiza fluxos curriculares e de formação de professores na educação infantil. Tece diferentes movimentos de pesquisa em dois espaços e tempos: a formação de pedagogas promovida pela Secretaria de Educação, no Centro de formação de professores da Serra e a produção curricular no cotidiano de um Centro de Educação Infantil, também do município da Serra – Espírito Santo. Potencializa a emergência de novos espaços e tempos de formação de professores e novos modos de composição e experimentações com as crianças na educação infantil, por invenções de aprendizagens afetivas. A produção de dados é composta na intercessão teórico-metodológica de Espinosa, Gilles Deleuze, Felix Guattari, Michel Foucault, Giorgio Agamben, Peter Pélbart, Daniel Lins e tantos outros, nas suas interlocuções com as infâncias e os processos diferenciais de educação. Utiliza a cartografia em redes de conversações, como exercício político de afectibilidade com as práticas tecidas com os sujeitos na composição de uma micropolítica curricular e (de) formação. Defende os afetos e as experimentações políticas de amizade e alegria como forças revolucionárias e potência de uma grupalidade que resiste aos engessamentos curriculares e inventam novos modos de constituição docente, pelos bons encontros que, na produção de aprendizagens afetivas, possibilitam a imanência de uma vida. Argumenta por pautas emergentes na formação de professores nas suas interlocuções com a produção curricular na escola, pela potencialidade de corpos em composições de planos diferenciais que devém outros na busca de singularidades ao infinito.

Por Maria Riziane Costa Prates

Palavras-chave: Formação de professores / produção curricular / experimentações de amizade / alegria / grupalidade 



A FORÇA-INVENÇÃO DA DOCÊNCIA E DA INFÂNCIA NOS PROCESSOS DE APRENDERENSINAR

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 07:05)

Problematiza a potência da força-invenção dos processos de aprenderensinar experienciados nos espaçostempos escolares. Trata de uma cartografia das experiências de docentes e crianças, produzida em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental do município de Serra/ES, que se traduz como acompanhamento das redes de saberesfazeres tecidas no cotidiano escolar por esses sujeitos. Tal acompanhamento foi produzido por meio de observações, registros no diário de campo, fotográfico e de áudio, assim como das conversas com as crianças e docentes. Busca compreender o que vem sendo produzido como potência de vida na escola, a partir das experiências e invenções dos que fazempensam o cotidiano escolar. Tem como principais intercessores teóricos Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault, Peter Pelbart e Jorge Larrosa, que ajudam a pensar nas possibilidades de uma experiência-limite para superação da Imagem dogmática do pensamento e para a potencialização dos movimentos curriculares. O conceito de experiência em Larrosa e de força-invenção em Pelbart indicam brechas para o CurrículoExperiênciaInvenção. Este, pensado na imanência do cotidiano escolar, evidencia que é possível e necessário estar na escola apostando nos bons encontros e em afetos alegres.

Por Suzany Goulart Lourenço

Palavras-chave: Cotidiano escolar / Movimentos curriculares / Experiência / Força-invenção 



A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DIÁLOGOS ENTRE A PRODUÇÃO ACADÊMICOCIENTÍFICA E A PESQUISA-FORMAÇÃO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 12:04)

Produz uma meta-análise sobre formação continuada de professores da educação básica, especialmente na educação infantil, analisando a produção acadêmica no período de 1996 a 2014. Promove intervenções no CMEI pela pesquisa-formação, realçando as narrativas das experiências de formação dos professores. Compreende o lugar da formação continuada no CMEI na sua relação com os pressupostos debatidos na produção acadêmica para esse campo de estudos. Orienta-se pela pesquisa bibliográfica, usando indicadores bibliométricos, o aplicativo Iramuteq e a produção de categorias analíticas para o tratamento dos textos. Soma a esse corpus metodológico a pesquisa-formação pela observação participante, as entrevistas semiestruturadas, as oficinas reflexivas e o diário de bordo. Destaca, para a sustentação teórica, os autores António Nóvoa, Walter Benjamin e Michel de Certeau, respaldando debates acerca de experiência, profissionalidade, institucionalidade dos periódicos e epistemologia da prática. Os resultados revelam, no cenário da produção acadêmica, a pouca atenção dada pelos periódicos analisados à educação infantil. O debate sobre a formação continuada na educação básica assume a prática do professor como elementar na proposição e na direção dessas formações. Apresenta a concentração da produção acadêmica em seis categorias e 70 temáticas, com ênfase nas análises de intervenção, nas análises literárias e nas análises de propostas, programas e projetos de formação continuada. Possibilita, pela pesquisa-formação, a produção do projeto pedagógico e estimula os professores a produzirem a profissão entre pessoalidade e profissionalidade. Descreve o movimento formativo interno ao CMEI, sua importância e a insatisfação dos professores com o tempo destinado à formação nesse espaço e com a formação continuada ofertada pela rede municipal de ensino, que é insuficiente e não garante condições materiais e temporais de participação a todos. Aponta a necessidade de investimento na formação continuada do professor do/no CMEI, com propostas baseadas nas suas experiências. Sustenta a relevância da publicação da produção acadêmica nos periódicos científicos para a consolidação da educação infantil como etapa da educação básica. A pesquisa marca a importância da investigação que ao mesmo tempo produz, paralelamente, intervenção no CMEI e análise de textos científicos no campo, promovendo diálogos entre ambos sem que estejam submissos entre si, mas revelando o comprometimento simbiótico com os professores e com a ampliação e densidade da produção científico-acadêmica

Por Juverci Fonseca Bitencourt

Palavras-chave: Formação Continuada / Pesquisa Bibliográfica / Educação Infantil / Pesquisa-Formação



A GESTÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E A FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE MARATAÍZES/ES: A PESQUISA-AÇÃO EM FOCO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 07:23)

O estudo tem como objeto de investigação a formação continuada de profissionais da educação e suas interfaces com a modalidade da educação especial na perspectiva da inclusão escolar. Busca compreender o trabalho da gestão de educação especial por meio da colaboração crítica na criação de movimentos para a formação continuada com/para os profissionais da rede municipal de educação de Marataízes/ES na perspectiva da inclusão escolar. Adota como aporte teórico os pressupostos da Teoria do Agir Comunicativo, do filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas. Para tanto, utiliza a perspectiva epistemológica e metodológica da pesquisa-ação colaborativo-crítica, a partir dos princípios da autorreflexão colaborativo-crítica. A pesquisa é contextualizada na rede municipal de ensino de Marataízes/ES e, como participantes, contou com a equipe gestora de Educação da Secretaria Municipal de Educação, diretores, pedagogos, professores de sala comum, professores de educação especial e pesquisadores da universidade. Os grupos de estudo-reflexão (grupo de estudo-formação “Curso de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva de Marataízes” e o Grupo de Estudos e Pesquisa de Marataízes da Educação Escolar Inclusiva”) constituíram-se como principal estratégia de produção dos dados; utilizou-se também a observação participante com registro em diário de campo e gravações em áudio transcritas posteriormente. A organização dos dados deu-se a partir da análise de conteúdo. A interpretação e a análise fundamentam-se no diálogo com o referencial teórico e metodológico, além de outros autores que contribuem para a discussão acerca das temáticas que perpassam este trabalho. Os resultados configuram-se com a instituição de movimentos destinados à formação continuada para os profissionais da rede de ensino a partir da pesquisa e da ação dos gestores, em parceria e colaboração com a universidade. Assim, observa-se nos movimentos formativos instituídos que os participantes veem-se em momento de amadurecimento, pertencentes e implicados no processo transformador, em que há mudança de perspectivas e conceitos quanto à forma de se fazer formação continuada e há vontade de continuar.

Por Nazareth Vidal Da Silva

Palavras-chave: Gestão da Educação especial / Formação continuada / Pesquisa-ação colaborativo-crítica / Grupo de estudo-reflexão



A IMPORTÂNCIA DA CAPACIDADE ESTATAL NA REDUÇÃO DAS IRREGULARIDADES DA EXECUÇÃO DOS RECURSOS NA EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:49)

A presente pesquisa analisou a importância da Capacidade Estatal na redução das irregularidades da execução dos recursos na educação do Espírito Santo a partir dos relatórios de fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU) entre os anos de 2003. A hipótese central é de que existe relação entre a redução das irregularidades constatadas pela CGU nos municípios com o fato de terem sido fiscalizados mais de uma vez, e que as capacidades estatais, presentes nesses municípios interferiram nessas constatações. Para identificar a variação entre as irregularidades nas fiscalizações realizadas nos municípios capixabas, comparamos os resultados das constatações de irregularidades entre a primeira e a segunda fiscalização, nos quais identificamos um aumento de 23,68% nessas irregularidades. Para sustentara pesquisa, foram utilizados os estudos de Abrucio e Segatto (2020) sobre o Índice de Capacidade Municipal, considerando três dimensões de análise: a) institucionalização e autonomia, b) técnico-burocrática, e c) políticorelacional, adaptados para a análise. Os resultados mostraram-nos que, entre a primeira e a segunda fiscalização realizada pela Controladoria, nos municípios que possuem Capacidade Estatal abaixo da média ocorreu um aumento nas irregularidades de 75%. Já nos municípios que ficaram acima da média do índice, houve uma redução de 16,33% nas irregularidades. Como resultado, identificamos que as fiscalizações realizadas pela CGU não tiveram efeito positivo na redução do número de irregularidades constatadas, visto que tais irregularidades continuam acontecendo nos municípios auditados, mesmo após serem fiscalizados mais de uma vez, sendo assim confirmamos que as capacidades estatais presentes nesses municípios contribuem para a redução das irregularidades encontradas na gestão educacional.

Por Pedro Paulo Pimenta

Palavras-chave: Educação Básica / Financiamento da Educação / Controladoria Geral da União / Capacidade Estatal / Federalismo e Políticas Educacionais




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