Catálogo de publicações acadêmicas Serranas


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PLANEJAMENTO DOCENTE COMO PRODUÇÃO DE POSSÍVEIS

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 05:30)

O artigo é fragmento de uma pesquisa concluída e debate a potência do planejamento docente como produtor de possíveis na tessitura curricular e constituição da docência. Destaca a ação docente de ensaiar, de preparar-se para a aula como modo de re-existir através da/nadocência, rompendo com perspectivas eficienticistas, burocráticas e individualizadas de idealização da aula e do currículo. Trata de uma pesquisa-intervenção cartográfica produzida-efetuada no cotidiano de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental de Serra/Espírito Santo, em 2019. Dialoga com os conceitos de agenciamento coletivo de enunciação e redes de conversações afirmando o planejamento docente como composição de heterogeneidades expressivas que perpassam a docência enquanto relação de aprenderensinar. Ressalta a produção de possíveis através do planejamento docente como meio de expandir currículos e docências para além do estabelecido.

Por Izaque Moura de Faria

Palavras-chave: planejamento / docente / ensaio / docência



PLANEJAMENTO DOCENTE COMO PRODUÇÃO DE POSSÍVEIS NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 05:31)

Mobilizada por um desejo erosivo de conceitos, esta pesquisa tenciona expandir o conceito de planejamento docente, cartografando e problematizando diferentes expressões que este assume em pesquisas acadêmicas e no cotidiano escolar. Tendo currículo e formação docente como pistas e apostando em expressões que entendem o planejar docente como um rascunhar, ensaio, a partir da perspectiva de Gilles Deleuze, em busca de inspiração ao invés de antecipação. Esta pesquisa – influenciada pela filosofia da diferença – erode expressões que reduzem o planejamento docente à criação de roteiros e prescrições disciplinadoras – apoiadas em lógicas racionalistas do pensamento moderno – expandindo este conceito a partir de suas pistas e, com elas, como processos coengendrados mobilizados pela produção-efetuação de possíveis. Expansão processada através da cartografia – enunciada por Gilles Deleuze, Félix Guattari, Virgínia Kastrup, Eduardo Passos e Liliana Escóssia – como performance metodológica a viverpraticar, produzir e simultaneamente percorrer nesta pesquisa-intervenção. Cartografia produzida-percorrida por meio de redes de conversação, registros (escritos, gravados em áudio e fotografados) em diário de campo e principalmente através de um forte exercício de despersonalização do aprendiz-cartógrafo. Mobilizando e intensificando o campo problemático desta pesquisa-intervenção desejante por entender como o planejamento docente pode produzir possíveis nas práticas educativas? Resultando na produção desta cartografia e de outras três produções, sendo: um curso de extensão certificado pelas Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) e Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UFES; um curso de formação certificado via Secretaria de Educação do município de Serra; e a edição inaugural da revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Currículos, Culturas e Cotidianos (NUPEC3). Produções em que se destacam como reterritorializações – considerações – desta pesquisa-intervenção: a coexistência de expressões do conceito de planejamento docente como instituído e como criação que no cotidiano escolar se atravessam constantemente; o planejamento docente como agenciamento coletivo de enunciação produtor de possíveis; possíveis produzidos-efetuados através dos acontecimentos que promovem a expansão de diferentes conhecimentossignificações e, consequentemente, do currículo em currículos ecológicos e conectados rizomaticamente; e da formação docente como processo de produção de docências possíveis a compor um devir-docente em constante formação pelas/nas práticas educativas escolares em que a docência se processa como relação de aprenderensinar entre suas/eus praticantespensantes.

Por Izaque Moura de Faria

Palavras-chave: Planejamento / Currículo / Formação docente / Possíveis / Agenciamento

https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9350475


POLÍTICA EDUCATIVA DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL NO CONTEXTO DA AGENDA GLOBALMENTE ESTRUTURADA PARA EDUCAÇÃO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 05:32)

Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar as políticas educativas de jovens e adultos no Brasil, seus contornos na transição do milênio, entre 2000 e 2015, bem como suas relações com a Agenda Globalmente Estruturada para a Educação (AGEE), e os tensionamentos promovidos no âmbito da sociedade civil. Preconizada por Roger Dale (2010), a AGEE possibilita compreender os impactos da globalização na reconfiguração do papel do Estado, e como os Organismos Internacionais (OI) se tornam representantes dessa agenda para induzir e padronizar as políticas públicas em âmbito transnacional. Partimos da hipótese de que a política internacional, que vem se consolidando no Brasil, integra uma agenda globalmente estruturada para a educação, que envolve agendas globais como a Educação para Todos (EPT), os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as que contemplam a EJA, como as Confinteas. Como suporte teórico, operamos com as categorias globalização, política educativa e suas relações com o Estado na formulação das políticas públicas, com base na sociologia política (IANNI, 1994; 1997), (HELD, 1984; 2002) e (TORRES, 2001; 2003) e na teoria política (GRAMSCI, 1978; 2001), (DUSSEL, 1977; 1993). Os fundamentos epistemológicos do Realismo Crítico (BASKAR,1978) são tomados como referência para a construção das análises que fomos produzindo no decorrer da investigação, sustentando assim metodologia mista que envolveu: pesquisa documental; recolha de dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa Nacional de Amostra Populacional (Pnad) e Instituto Nacional de Estatística e Pesquisa Anísio Teixeira (INEP), bem como;a utilização da ferramenta NVivo 11 como ferramenta qualitativa de análise de dados.No processo investigativo descrevemos e buscamos analisar criticamente os relatórios do Banco Mundial (BM), da Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), da EPT, ODM, ODS e V e VI Confinteas. Em âmbito nacional, os documentos específicos da Educação de Jovens e Adultos e os relatórios dos Encontros Nacionais de educação e Jovens e Adultos (ENEJA) estiveram em foco. As análises realizadas nos levam a afirmar a incidência da lógica neoliberal expressa nas orientações dos OI sobre as políticas educativas de EJA que vêm se desenvolvendo no Brasil, no período estudado, através de mecanismos, processos e eventos que evidenciam uma reconfiguração do papel do Estado voltado para responder às demandas do mercado em detrimento das demandas da sociedade civil. As políticas de redução da pobreza, de promoção da alfabetização, de focalização nos grupos mais vulneráveis, desenvolvimento econômico e a ênfase na educação e aprendizagem ao longo da vida, dentre outras categorias, incidem expressamente na formulação das políticas educativas de EJA, desafiando a capacidade de tensionamento da sociedade civil, em específico os Fóruns de EJA, na mudança dos rumos das políticas educativas. Reafirma-se, assim, a submissão do Estado brasileiro a uma Agenda Globalmente Estruturada para a Educação.

Por Elizângela Ribeiro Fraga

Palavras-chave: Educação de jovens e adultos / Política educativa / Globalização / Agenda Globalmente Estruturada para a Educação



POLÍTICAS DE ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS (1945-1965): DISCURSOS DA UNESCO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:42)

Este trabalho intenta compreender os discursos da Unesco sobre alfabetização de adultos no período de 1945 a 1965. Adota a perspectiva de linguagem bakhtiniana, que é enunciativo-discursiva, materializando-se nos múltiplos contextos de interação verbal. Dialoga com três concepções: de História (LE GOFF, 1990), compreendida como movimento, recorrendo ao passado para buscar, nos contextos sociais e culturais, os fios condutores, tanto dos discursos quanto das práticas que permanecem no presente; de política (BALL, 2011; FIORIN, 2009, 2020), que carrega a noção de ideologia dominante, subjaz ao contexto do tempo histórico em que é aplicada ou desenvolvida, está essencialmente vinculada às vozes autorizadas que circulam socialmente, retroalimenta-se na vida cotidiana por meio do dialogismo ininterrupto e é encarnada por sujeitos ativos; e de alfabetização (GONTIJO, 2002, 2007, 2008, 2014), que concebe o processo de apropriação da leitura e da escrita como uma prática sociocultural que deve ser, desde o início, responsável por proporcionar a constituição de sujeitos que compreendam a realidade em que vivem, considerando todas as suas contradições, e nela tenham condições de intervir, por meio de reflexões e ações responsivas e não reprodutivas. Fundamenta-se, teoricamente, nos seguintes autores: Bakhtin (2005, 2009, 2011, 2020), Freire (2011), Geraldi (2004, 2010, 2011, 2013, 2018), Goulart (2013) e Ponzio (2010). Aporta, metodologicamente, as orientações da abordagem qualitativa sob orientação sóciohistórica, por meio da pesquisa documental (FREITAS, 2002, 2003; GIL, 2009). Conclui que os países mais empobrecidos estruturaram suas políticas internas na área da educação, ancorando-se nas resoluções dos Organismos Internacionais, por motivos que permeiam o financiamento e a direção de uma lógica global de formação de mão de obra adaptada ao mercado. No caso específico desta pesquisa, as campanhas e programas de alfabetização de adultos que foram implementadas no Brasil e em outros países nos anos de 1945 a 1965 tiveram influências políticas e pedagógicas da Unesco.

Por Polyanna Silva Goronci

Palavras-chave: políticas de alfabetização de adultos / discurso / Unesco



POLITICAS PÚBLICAS DE EJA NO MUNICÍPIO DA SERRA: (IM)POSSIBILIDADES E DESAFIOS DO PROEJA-FIC

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 07:25)

Este estudo busca abordar qual o percurso e as práticas de gestão assumidas pelo município da Serra ma implementação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Formação Inicial e Continuada - PROEJA-FIC. De um modo geral buscamos explicitar os caminhos pelos quais se deram o processo de implantação do programa, conduzindo-nos a partir das seguintes questões orientadoras: quais são as lógicas sociais e políticas que estão subjacentes, no que concerne à articulação da escolarização com o mundo do trabalho mediada pela adesão do PROEJA-FIC no município da Serra? Se o município nem mesmo havia avançado, no momento em fez a adesão ao programa, na constituição de uma política que considerasse a EJA como uma modalidade de ensino, o que mobilizou os gestores a tal adesão? Para subsidiar esse objetivo delineamos caminhos que nos permitisse identificar os princípios que permearam a adesão ao programa e trazer elementos que nos possibilitasse problematizar as dificuldades, os impasses e até mesmo os avanços que emergiram nesse percurso de implementação. Buscamos um referencial teórico que nos orientasse no campo dos estudos da EJA e da educação e trabalho, nesse sentido fundamento a nossa pesquisa os estudos de Paiva (2004; 2007), Oliveira (2004; 2011), Fávero (2004; 2009), Frigotto (1989; 2002), Kuenzer (1986; 1992; 2000), Beisiegel (1974), Marx (1978) dentre outros. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, que teve como sujeitos de alunos do PROEJA-FIC, gestores das instituições parceiras e da uma escola municipal. Quanto aos instrumentos metodológicos, utilizamos a entrevista semiestruturada e a análise documental. Os resultados mostraram mostram, que a implementação do PROEJA-FIC no município não levou em consideração a efetiva instituição da integração da EJA com a Educação Profissional. Essa possibilidade é desconstruída a medida que nem o município, nem o IFES assumem os princípios que fundamentam a constituição do Programa. Quando não assume efetivamente os compromissos de garantir sua participação na elaboração do Projeto Pedagógico do PROEJA-FIC e de fomentar espaço e condições para a formação continuada, o município já abre caminhos para a não efetivação da proposta em sua totalidade.Há que se considerar, no entanto, que o PROEJA se constitui numa importante ação governamental para a EJA. Faz-se necessário apenas que esta política seja assumida em sua integralidade e que as instituições proponentes sejam capazes de formar uma rede mais eficiente de interlocução qualificada que fosse reconhecida também, em uma agenda política de oferta da EJA articulada à educação Profissional.

Por Andrea De Souza Batista

Palavras-chave: Educação de jovens e adultos / educação profissional / PROEJAFIC



Por uma teorização da avaliação em Educação Física: práticas de leitura por narrativas imagéticas

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 05:35)

Esse estudo objetivou propor um corpus de saberes teórico-práticos que desse elementos à teorização da avaliação indiciária, ao debate da produção de sentidos com o aprender; como, também, aos usos e análise das leituras dos aprendizados por meio de registros avaliativos imagéticos. Sustenta a tese de que a incorporação dos elementos da teoria experiencial do sujeito de Marie Christine Josso, da filosofia dialógica de linguagem em Mikhail Bakhtin e narrativa em Walter Benjamin; bem como a concepção de educação dialógica em Paulo Freire, fundamentam esta discussão sobre teorização da avaliação indiciária. Optou-se por empregar uma metodologia de trabalho qualitativa de caráter plurimetodológico. O texto foi organizado em partes. Os dois primeiros capítulos da Parte I apresentam o objeto de estudo no campo da avaliação educacional brasileiro, em uma análise da produção do conhecimento em avaliação da aprendizagem na Educação e na Educação Física, no período de 2005 a 2015. O terceiro capítulo traz a história da trajetória dos estudos com avaliação educacional pelo grupo Proteoria, objetivando problematizar a constituição da teorização da avaliação indiciária. A Parte II traz um capítulo que apresenta a incorporação do corpus de saberes teórico-práticos à avaliação indiciária, e mais dois capítulos de pesquisas de campo do tipo (auto)biográfica, pela entrada metodológica ateliê biográfico com alunos jovens de duas escolas do ensino fundamental, uma da Prefeitura Municipal de Vitória e a outra de Serra. Estas escolas possuem uma história de duas docentes de Educação Física que permaneceram com o mesmo grupo de alunos, lecionando para eles por mais de cinco anos. Essas educadoras possuem um trabalho pedagógico com registros avaliativos em diferentes linguagens: textos, provas, desenhos, diários da Educação Física, portfólios de fotografias e filmagens. Com essas investigações empíricas, analisou-se os sentidos atribuídos pela professora e alunos à avaliação da Educação Física. A tese problematiza de que maneira os usos de registros avaliativos imagéticos sinalizam possibilidades para se pensar em avaliar na concepção indiciária na perspectiva investigação-formativa, com vistas às projeções do ensino e aprendizagens das práticas corporais. Os resultados apontam para a incorporação na teorização indiciária, da prática avaliativa por investigação narrativa, tomando a formação humana como centralidade do processo educativo. As potencialidades da teorização da avaliação indiciária estão, primeiramente, em anunciar o avaliar na centralidade do protagonismo do aluno no processo formativo, compreendendo que o aprender são ações individuais e coletivas. Demonstra a importância da produção das práticas avaliativas na/pelas narrativas das experiências de ensino e de aprendizagens, materializadas em registros que deem visibilidade às interpretações dos caminhos percorridos na trajetória dos aprendentes da formação humana. Essa necessidade leva a anunciar a importância do lugar das práticas (auto)avaliativas, principalmente, como fazer sua materialização por meio dos registos imagéticos, pensados, especialmente, ao avaliar a especificidade do conhecimento que lida a Educação Física. Avaliar torna-se ações investigativo-formativas dos aprendentes de análise das escritas-narrativas corporeizadas pelas/com as experiências das práticas corporais e da forma como essas inscrições fornecem indícios aos modos de projeções de aprendizagens na formação do corpo biográfico.

Por Aline de Oliveira Vieira

Palavras-chave: Avaliação da aprendizagem / Narrativas / Registro Imagético



PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU COMO LUGAR/ESPAÇO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 13:15)

Este estudo investiga as demarcações das políticas educacionais nos Planos Nacionais de Pós-graduação (V e VI PNPG, 2005-2020), documentos e avaliações das áreas de Educação e Ensino (trienais e quadrienais, 2009-2019) e na produção acadêmica, que autorizam tratar a formação stricto sensu como lugar/espaço de formação continuada de professores da educação básica. Utiliza a abordagem qualitativa, desdobrada entre documental-bibliográfica (Richardson, 2012) e estudos de revisão (Vosgerau; Romanowski, 2014). Analisa 22 teses e dissertações, disponíveis virtualmente, no Banco Digital Brasileiro de Teses e Dissertações (BDTD) e na Plataforma Sucupira, defendidas entre os anos 2005 e 2021, que sustentam a formação pós-graduada. Vislumbra compreender as epistemologias que permeiam os textos e examinar os sentidos produzidos acerca da formação nos debates acadêmicos. Argumenta que há um alinhamento entre a racionalidade da política de pós-graduação com a produção acadêmica, teses e dissertações, porém, tomada como espaço para formação, cria, pelos desvios de sua natureza e dos consensos, a ocasião para o desenvolvimento da profissionalidade (Nóvoa, 1991, 2002, 2017; Contreras, 2012). Pressupõe o mestrado e doutorado como bem público e direito dos professores. Como sustentação epistemológica, mobilizou-se a partir de Certeau (1994, 2012, 2015) conceitos como espaço e lugar, operação e teoria, prática, institucionalidade, escrituração de textos, interpretação textual, táticas, estratégias, desvios e ocasião. Os resultados apontam que existem tensões no campo do debate acadêmico e entre concepções epistemológicas acerca da formação de professores em nível stricto sensu. Apontou como real implicado, que as pesquisas analisadas mantêm uma aproximação com as políticas de pós-graduação como ato de produzir efeitos de verdades que ratifiquem sua arguição favorável à pós-graduação para formar professores, sustentadas na racionalidade meritocrática, na lógica do mercado e numa formação praticista. Entretanto, como ocasião, identificou que a formação de professores em nível de pós-graduação, apresenta resultados significativos como valorização e desenvolvimento profissional, articulação entre teoria e prática, qualificação da prática profissional e do ensino, tornando esse lugar, um espaço de formação ao desviar de alguns próprios da política e das racionalidades, produzindo um movimento formativo tático observados em micro estudos. Observou a urgência na atenção a ser dada aos aspectos teórico-metodológicos da produção acadêmica ao necessitar de maior rigor metodológico e de reflexão profícua acerca dos usos de consensos acadêmicos no campo da formação continuada de professores na pósgraduação stricto sensu.

Por Juverci Fonseca Bitencourt

Palavras-chave: Formação Continuada de Professores / Educação Básica / PósGraduação Stricto Sensu / Produção Acadêmica



PRÁTICAS DE LEITURA EM TURMAS DE QUARTA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL EM ESCOLAS DA PREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA – ES

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:31)

Este trabalho integra os estudos da linha de pesquisa Educação e Linguagens do Programa de Pós Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo. Teve por objetivo analisar práticas de leitura em turmas de quarta série/quinto ano do Ensino Fundamental do Sistema Público Municipal de Ensino da Serra, ES, tema esse que teve estreita relação com inquietações advindas da prática profissional e pessoal da pesquisadora. Com base nos pressupostos teóricos de Roger Chartier e nas noções conceituais de apropriação, representação e práticas, buscou identificar concepções de leitura, modos de ler, finalidades, tempos, espaços e suportes de leitura que configuram práticas leitoras no âmbito escolar. Para isso, adotou a opção metodológica de estudo de caso de cunho comparativo, pois vivenciou o cotidiano da sala de aula de turmas inseridas em escolas com desempenho IDEB diferenciados, e utilizou o recurso da observação participante em sala de aula como principal estratégia de coleta de dados. Ainda, fez uso de entrevistas com os sujeitos envolvidos na investigação (alunos, profissionais da escola, pais) e também de análise de documentos e fotografias para constituir o corpus da pesquisa. As análises dos dados foram organizadas a partir das modalidades de leitura mais presentes nas escolas (leitura silenciosa e leitura em voz alta), de modo a evidenciar apropriações, representações e práticas inerentes a esses modos de ler na escola. Constata-se que práticas leitoras nas escolas, independentemente de desempenho IDEB diferenciado, se assemelham, sendo marcadas pelo didatismo escolar, e que o tipo de avaliação que se aplica para aferir nota ao desempenho das crianças nas escolas não dá conta de perceber os intervenientes que constituem esses processos.

Por Gisele Santos De Nadai

Palavras-chave: Leitura / Práticas de leitura / Ensino Fundamental – Serra(ES) / IDEB / Roger Chartier



PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ANTIRRACISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA EXPERIÊNCIA EM SERRA/ES

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 12:50)

O presente estudo teve como objetivo promover a discussão e o enfrentamento ao racismo entre crianças por meio da promoção de práticas pedagógicas. O desenvolvimento da pesquisa partiu do diálogo com as crianças e da interação, com o auxílio dos brinquedos, das brincadeiras e das contações de histórias com as literaturas africana e afro-brasileira e com autonomia para conversar, questionar, reconhecer, trocar saberes e experiências sobre os aspectos raciais. Nesse contexto, foram revisados teóricos/as e pesquisadores/as que tratam de assuntos relacionados à temática, tais como: Eliane dos Santos Cavalleiro (2000, 2001), Nilma Lino Gomes (2002, 2003, 2007, 2009, 2016, 2017, 2019) e Kabengele Munanga (2005, 2016, 2020) sobre a Educação da Relações Étnico-Raciais; Stuart Hall (2014, 2016) sobre Identidades e Representação Social; Manuel Jacinto Sarmento (2005, 2007), Lucimar Rosa Dias (2017, 2021), Anete Abramowicz e Fabiana de Oliveira (2012) sobre Estudos das Infâncias; Paulo Freire, a partir de uma educação libertadora e dialógica (1987, 1992, 2014). Nesse sentido, adotou-se a pesquisa de cunho qualitativo, a qual, na perspectiva da pesquisa-ação, propiciou um engajamento da professora-pesquisadora na elaboração das propostas antirracistas em parceria com as crianças. Para os registros dos dados coletados, foram utilizados caderno de campo, filmagens e fotografias. As investigações aconteceram sobre os espaços físicos da instituição, os documentos que regem a organização da instituição e os recursos pedagógicos que compõem a instituição na perspectiva da diversidade étnico-racial, bem como interações lúdicas, de modo a escutar o que as crianças tinham a dizer sobre as questões raciais. O lócus da pesquisa foi o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) situado no município da Serra, no Estado do Espírito Santo. Partindo da reflexão de que uma parcela das crianças que frequentam a instituição de educação infantil são negras, ressalta-se a importância de propostas pedagógicas que valorizem sua estética, pois os artefatos culturais apresentados a elas nessa faixa etária podem comprometer o seu desenvolvimento psicológico e social. O contato das crianças com os materiais lúdicos proporcionou momentos de alegria e pertencimento racial. Nessa faixa etária, elas demonstram ter concepção de identificação de sua cor ao afirmarem ser pretas, negras ou brancas no decorrer das atividades. A pesquisa contribuiu para minha formação profissional e subjetiva enquanto professora e mulher negra, inspirando a continuidade da pesquisa da temática Educação para Relações Étnico-raciais na área da educação. Ressalto que a questão racial requer outras perspectivas de educação que envolvam toda a comunidade escolar, inclusive professores/as negras/os e brancas/os, na luta contra o racismo.

Por Ednalva Rodrigues De Oliveira

Palavras-chave: educaçãoantirracista / práticas pedagógicas / educaçãoinfantil / criançasnegras



PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DOS ALUNOS PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL E NA ITÁLIA: UM ESTUDO COMPARADO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 06:27)

Este estudo buscou cartografar a materialização das políticas públicas de Educação Especial, em uma perspectiva comparada, nos municípios de Cariacica/ES, Serra/ES e Sassari/Sardenha. Defendemos a tese de que a política prescrita educacional voltada para a área de Educação Especial vêm se materializando nas ações político-pedagógicas construídas no cotidiano escolar, visando à inclusão dos estudantes público-alvo da educação especial matriculados no ensino fundamental. Como aporte teórico-epistemológico, nos embasamos nos conceitos de Boaventura de Sousa Santos (1999, 2007, 2008, 2010, 2018, 2019) e Philippe Meirieu (2002, 2005, 2006). Como aporte teórico-metodológico tivemos inspiração no Estudo Comparado Internacional em Educação, buscando o que é singular e plural nas três redes de ensino e combinadamente, lançamos mão da cartografia simbólica, com o intuito de contribuir com a compreensão dessa trama de relações sociais, pedagógicas e política buscando encontrar sentidos nos mapas que nos foi projetado. O trabalho foi desenvolvido em três frentes de trabalho: realização dos trâmites legais, acompanhamento das ações pedagógicas praticadas nas escolas e consulta aos documentos normativos e orientadores. Os resultados evidenciam que os três municípios buscam assegurar de forma prescrita (por meio das legislações vigentes) e também vivida (por meio do encaminhamento dos profissionais as escolas) os diferentes tipos de apoio pedagógico, suporte e acompanhamento para os estudantes público-alvo da Educação Especial. Compreendemos que a realidade italiana vem avançando na articulação de ações intersetoriais com a interlocução de diferentes profissionais. No caso brasileiro, o processo de intersetorialidade está garantido na legislação nacional e local, porém ainda encontra-se como uma tensão na sua materialização. Concluímos que a escola pública é o lócus que potencializa o atendimento educacional especializado, sendo a realidade vivida nas três redes de ensino. Também identificamos que a pluralidade das ações desenvolvidas nas escolas, com o foco no atendimento educacional especializado propiciou avanços significativos aos estudantes público-alvo da Educação Especial. Compreendemos que as três redes de ensino possuem diferentes formas de organizar o atendimento educacional especializado, mas o trabalho colaborativo é uma ação potente e vivido nos dois países de forma diferenciada, ganhando diferentes contornos. Percebemos que tanto no Brasil quanto na Itália demonstram uma preocupação com o processo educativo dos estudantes público-alvo da Educação Especial. Concluímos que em um campo vasto de possibilidades, a cartografia, em consonância com a Educação Comparada Internacional, contribui para a construção de novos/outros conhecimentos potentes com vistas a uma educação que contemple a todos os sujeitos.

Por Karolini Galimberti Pattuzzo Breciane

Palavras-chave: Estudo Comparado Internacional em Educação / Educação Especial / Política em ação / Inclusão Escolar




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