Catálogo de publicações acadêmicas Serranas


    sasds   


Neste catálogo as publicações estão organizadas por ordem alfabética de título e categorias para facilitar sua pesquisa.

Além disso, você pode realizar busca por título, autor/a da publicação e/ou palavra-chave presente no texto.


 

Todos

Página: (Anterior)   1  2  3  4  5  6  7  8  9  10  ...  12  (Próximo)
  Todos

E

EDUCAÇÃO EM DIREITO NA FORMAÇÃO PARA CIDADANIA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DE CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO SOBRE DIREITOS E OBRIGAÇÕES ESSENCIAIS AO EXERCÍCIO DA VIDA CIVIL

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 12:11)

O presente trabalho teve como objetivo principal investigar concepções que estudantes do terceiro ano do ensino médio possuem sobre direitos e obrigações essenciais ao exercício da cidadania. Para tanto, foi elaborado um questionário composto de 20 questões fechadas e 9 questões abertas na forma de estudo de caso abordando alguns direitos e obrigações essenciais ao exercício pleno da vida civil. O instrumento foi submetido a 136 estudantes, entre 16 e 18 anos, de ambos os sexos, regularmente matriculados no terceiro ano de três escolas públicas de Ensino Médio. Os resultados apontam que, de modo geral, as concepções dos estudantes sobre legislação estão mais próximas das disposições legislativas naqueles direitos que permeiam sua realidade prática e, vai se distanciando à medida que os direitos propostos estavam distantes de sua realidade, de modo que, aparentemente, o conhecimento que os mesmos possuem acerca dos direitos repousam mais no senso comum que no aprendizado escolar. As conclusões apontam a necessidade de estratégias pedagógicas para inserção de noções de Direito para os estudantes do Ensino Médio, principalmente transversalmente aos conteúdos concernentes às disciplinas da área das Ciências Humanas. Com base nessas conclusões, foi elaborada uma proposta com sugestões de diretrizes para implementação da Educação em Direito no contexto das disciplinas de História, Geografia, Sociologia e Filosofia, à partir de um entrelaçamento entre os conteúdos presentes no Currículo Básico da Escola Estadual do Espírito Santo e dispositivos legislativos que pudessem dialogar com as temáticas, em busca de estabelecer uma proposta mínima que pudesse, sem prejuízo do desenvolvimento dos conteúdos, servir como instrumento para promoção da Educação em Direito, contribuindo, assim, na formação para a Cidadania

Por Claudia Cristina Gimenes

Palavras-chave: Educação em Direito / Ensino Médio / Cidadania / Formação de Cidadãos



EDUCAÇÃO FÍSICA, LINGUAGEM E INCLUSÃO: O HIP HOP COMO FERRAMENTA DE HUMANIZAÇÃO E PRODUÇÃO CULTURAL DE JOVENS E ADULTOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E AUTISMO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 07:26)

O objetivo geral dessa pesquisa se centra em analisar as múltiplas formas de linguagem presentes em uma experiência de ensino-aprendizagem do hip hop como instrumento de humanização e de inclusão social de pessoas com deficiência intelectual e autismo. Para tanto, o estudo problematiza os diversos sentidos que a linguagem pode produzir na constituição humana desses sujeitos. Identifica e reflete sobre os processos de internalização e de produção cultural que emergem nessa experiência. Utiliza o hip hop como conteúdo de ensino, com vistas à apropriação de suas múltiplas dimensões de linguagem (grafite, DJ, MC, break, skate e basquete de rua) como instrumento de enfrentamento ao hiato presente nas relações sociais que tomam a linguagem oral como única forma de interlocução/interação social. Apoia-se na abordagem histórico-cultural, com especial destaque para as contribuições de Lev S. Vygotsky sobre a importância do contexto histórico e cultural e das interações sociais para os processos de humanização. Fundamentamo-nos também na pesquisa-ação existencial de René Barbier, em que os membros do grupo participante tornaram-se colaboradores íntimos da pesquisa, implicando-se em relação ao objeto. Participaram do estudo 25 jovens e adultos com deficiência intelectual e/ou autismo atendidos por um projeto de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo e também seus responsáveis legais. Ademais, colaboraram com o desdobramento do estudo, de maneira coletivo-colaborativa, uma coordenadora do projeto, duas professoras, cinco bolsistas, cinco estagiários e dois voluntários do programa, constituindo o pesquisador coletivo. Os dados foram coletados por meio de diários de campo, fotografias, videogravações, grupos focais e observações captadas a partir das diferentes formas de linguagem produzidas pelos sujeitos. Todos os registros foram organizados a partir da análise categorial de conteúdos e da análise microgenética. O processo revelou que as múltiplas formas de linguagem presentes no hip hop ampliaram as possibilidades de internalização e produção do break, DJ, grafite, rap, basquete de rua e beat box, por parte dos sujeitos de nosso estudo, contribuindo para a humanização e a inclusão social. Fez-se possível problematizar os sentidos que jovens e adultos com deficiência intelectual e autismo produziram, ao possibilitar sua externalização, permitindo que outras pessoas significassem suas produções. Houve, assim, avanços na superação do hiato presente na interlocução entre sujeitos com e sem deficiência participantes da pesquisa, considerando que o percurso refinou os processos de compreensão das subjetividades via diversificação dos modos de expressão.

Por Dainae Matheus Pessoa

Palavras-chave: Linguagem / Inclusão / Deficiência Intelectual / Autismo



EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPO INTEGRAL NOS MUNICÍPIOS DE SERRA E VILA VELHA: OS PLANOS MUNICIPAIS EM DESTAQUE

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:24)

Este trabalho analisa os desafios que se colocam ao processo de implementação da educação infantil em tempo integral, à luz dos novos Planos Municipais de Educação, nos dois municípios considerados mais populosos da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), Vila Velha e Serra. Estabelece como objetivos identificar como se dá a organização e a implementação da política de educação em tempo integral, no âmbito das Secretarias Municipais de Educação, e analisar as estratégias adotadas por esses Municípios para a efetivação desse processo. É uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, cuja coleta de dados se dá pela realização de entrevistas semiestruturadas e pela análise de documentos oficiais. Tem como sujeitos os coordenadores das Gerências de Educação Infantil (GEIs) das Secretarias Municipais de Educação, os presidentes dos Conselhos Municipais de Educação (CMEs) e os representantes da educação infantil e da educação em tempo integral desses Conselhos. Busca compreender como os Municípios estão organizando a implementação da educação infantil em tempo integral a partir dos seus Planos Municipais de Educação. Na investigação, percebe discrepâncias no que tange ao atendimento da creche e da pré-escola e constata que a efetivação das estratégias que tratam da educação infantil, seja no tempo parcial seja no tempo integral, se torna um grande desafio, sobretudo quando a busca pela expansão da educação infantil não se articula com outras demandas públicas da primeira etapa da educação básica. Constata também que, apesar das novas prerrogativas contidas nos Planos Municipais de Educação, a ampliação e a oferta da educação infantil em tempo integral não se constituem como prioridade nos Municípios pesquisados, uma vez que suas respectivas secretarias de educação estão procurando, a princípio, garantir a pré-escola, obrigatória e gratuita, para crianças de quatro a cinco anos. Tendo em vista que o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, é um instrumento de planejamento do estado do Espírito Santo que norteia a execução e o aprimoramento de políticas públicas educacionais, conclui que a implementação do PNE (2014-2024) demanda esforço para vencer um desafio que, desde a Constituição de 1988, o campo da educação enfrenta, a saber, a efetivação do direito à educação das crianças pequenas. Para finalizar, aponta como importante para futuras pesquisas conhecer como as crianças e seus modos de vida estão sendo considerados nesse processo que termina por legislar a oferta da educação infantil em tempo integral

Por Telmy Lopes De Oliveira

Palavras-chave: Educação Infantil / Tempo Integral / Plano Nacional de Educação 



EDUCAÇÃO NA CIDADE: CONFLITOS E CONTRADIÇÕES NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DO ESPAÇO DO BAIRRO JARDIM TROPICAL NA SERRA/ES

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:30)

O texto apresenta pesquisa vinculada à linha de formação de professores, do Programa de Pós Graduação em Ensino de Humanidades (PPGEH). O objeto de investigação focaliza o processo de produção do espaço urbano do bairro Jardim Tropical, Serra/ES, a partir da abordagem que promove o estudo sobre a cidade, estimulando a compreensão de diferentes versões sobre o seu processo histórico de transformação. O principal objetivo da pesquisa configura-se na investigação sobre o processo de constituição do bairro Jardim Tropical, a fim de problematizar e revelar conflitos e contradições existentes nesse espaço urbano, de modo a contribuir para a produção de material educativo, para compor ações formativas com professores da educação básica. O estudo desta pesquisa propõe oferecer uma possibilidade de organização do ensino sobre o referido bairro em perspectiva crítica e dialógica, como pressupõe a abordagem da educação na cidade. Para alcançar o objetivo delineado, em termos teórico- metodológicos, busca inspiração em princípios do materialismo histórico e dialético, articulados aos pressupostos sobre direito à cidade, desenvolvidos por Henri Lefebvre. Trata-se de pesquisa do tipo teórico-empírico, organizada para a elaboração de material educativo sobre o bairro Jardim Tropical. Que discutem a produção e constituição desse espaço urbano, bem como as relações com o processo de desenvolvimento da industrialização do município de Serra/ES. O estudo recorre à análise documental, arquivos, documentos oficiais, fotografias, entrevistas com moradores mais antigos do bairro, investigação in loco, entre outros. Em um segundo momento, esse material educativo foi validado pelos membros do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre educação na cidade e Humanidades (Gepech). Após a validação, de natureza técnica, configurou-se a versão final do produto, no formato e-book. Esse formato eletrônico possibilita atingir um público maior, especialmente pela possibilidade de acesso livre por meio do site do PPGEH e do repositório Educapes. A proposta envolvida para o estudo do bairro Jardim Tropical no contexto do trabalho pedagógico nos anos iniciais, formulada nesta pesquisa, alimenta a expectativa de instigar novas iniciativas pedagógicas na rede pública, especialmente no que se refere ao município de Serra, tornando-se uma possibilidade de trabalho na perspectiva da educação na cidade e do direito à cidade. Assim, este estudo defende que, por meio das ações formativas realizadas na escola, na área de ensino de humanidades, professores e estudantes possam desenvolver um olhar atencioso e crítico sobre os espaços urbanos, compreendendo diferentes relações que encobrem contradições que legitimam e naturalizam desigualdades no cotidiano da vida urbana.

Por Cynara Ramos Siqueira

Palavras-chave: Educação na cidade / Produção do espaço urbano / Bairro Jardim Tropical



EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS (ERER) E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PERCURSOS FORMATIVOS NO MUNICÍPIO DE SERRA – ES

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:23)

Este estudo vincula-se à linha de pesquisa Formação de Professores, do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Humanidades (PPGEH), do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vitória. Objetiva analisar as contribuições do curso de formação continuada, ofertado pela Coordenação de Estudos Étnico-Raciais (CEER) da Secretaria de Educação, para a formação de professores do Sistema de Ensino do município de Serra (ES). Esse propósito pautou-se no seguinte problema de pesquisa: quais as contribuições do curso de formação continuada ofertado pela Coordenação de Estudos Étnico-Raciais (CEER) para a formação dos professores do Sistema de Ensino do município de Serra e quais seriam as demandas formativas dos professores egressos, advindas de suas vivências nas escolas? Foram analisadas, no recorte temporário de 2007 a 2022, pesquisas que sob alguns aspectos dialogam com a nossa. Como embasamento teórico, no que tange à formação de professores trilhamos sob a perspectiva das concepções de: Freire (1967, 1987,1996, 2000, 2001); Imbernón (2010, 2011); Tardif (2014); Caprini (2017) e outros. Os estudos de referência para a temática da Formação de Professores e a Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) foram de Gomes (2003, 2005, 2012, 2017), Gomes e Silva (2002), Candau (2014) e outros. Optamos pela pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa-ação colaborativa sob o aporte teórico de Thiollent (1986, 2022), Tripp (2005) e Franco (2005). Para a produção de dados, diferentes instrumentos e estratégias foram utilizados: sessão de estudos reflexivos, questionários, observações, registros e avaliação. A análise dos dados deu-se a partir da Análise de Conteúdo de Bardin (2011) e Franco (2021). Esta pesquisa buscou oportunizar aos professores egressos do curso de formação continuada em tela reflexões acerca de suas práticas pedagógicas e as implicações dessas práticas para a valorização da história africana, afro-brasileira e indígena nas escolas serranas, bem como colaborar para um aprofundamento epistemológico no que concerne à educação para as relações étnico-raciais. O produto educacional elaborado, a partir deste trabalho, qual seja, uma proposta de formação continuada sob o caráter de “pós-formação”, enseja contribuir com o desenvolvimento de práticas pedagógicas incorporadas da diversidade étnico-racial e da luta antirracista.

Por Tânia Maria Dos Santos

Palavras-chave:  Educação / Formação de professores / Relações Étnico-Raciais



ENSINO DE CIÊNCIAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL VITÓRIA

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:36)

Esta pesquisa investiga possíveis resultados de uma formação continuada de professores que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, cujos diálogos discutem relações étnico-raciais no contexto da educação em Ciências. Com enfoque qualitativo de pesquisa-participante, a prática formativa, desenvolvida em uma escola municipal da Serra (ES), apoiou-se no método dialógico freiriano e foi realizada com 21 professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Na intenção de uma reflexão sobre a práxis docente, a formação continuada possibilitou a construção coletiva de um programa pedagógico, que foi praticado com os estudantes da escola. Para isso, fundamentamos nossos estudos nos pressupostos teóricos de Kabengele Munanga, Nilma Lino Gomes, Elisa Larkin Nascimento, Lilia Schwarcz, Paulo Freire e outros estudiosos do campo da pesquisa. A interpretação dos resultados foi baseada na proposta dialética de Mynaio (2016), por concordarmos que os dados produzidos pela investigação representam uma aproximação da realidade. Como produto educacional deste trabalho, elaboramos um E-book com as vivências da formação, voltado aos profissionais da educação que pretendem desenvolver uma ação educativa com objetivos semelhantes.

Por Franciele Teixeira Da Silva Polez

Palavras-chave: Educação para as relações étnico-raciais / Ensino de Ciências / Formação de professores / Anos Iniciais



ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA: COMO APRENDE O SUJEITO COM SÍNDROME DE DOWN?

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 12:16)

Esta pesquisa teve como objetivo ampliar a compreensão do processo de ensino e aprendizagem da Matemática para alunos com síndrome de Down inscritos nos últimos anos do Ensino Fundamental, assumindo as características de um estudo de caso colaborativo. Os sujeitos centrais foram duas alunas dos últimos anos do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal de Serra - ES. Alice, de 16 anos, cursava a 7ª série, e Bárbara com 13 anos o 6º ano. Cada uma delas era acompanhada por uma estagiária que cursava Pedagogia. A pesquisa procurou identificar e avaliar seus conhecimentos lógico-matemáticos, analisou o processo de ensino e aprendizagem de Matemática empregado, as limitações das alunas e suas potencialidades. Buscou estratégias para levá-las à aprendizagem desta disciplina, e estabeleceu relações para a construção de conhecimentos matemáticos que lhes permitisse compreender e transformar o seu dia a dia. A coleta de dados foi realizada através da observação participante, diário de campo, memórias analíticas, análise documental e áudio gravação. Para o embasamento teórico nos apoiamos principalmente em Vigotski e DAmbrósio. Realizamos um período exploratório em que as alunas foram observadas em suas aulas e nos demais espaços escolares. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais que trabalhavam com essas alunas, com seus responsáveis e com elas mesmas. A sondagem mostrou que as alunas não possuíam conhecimentos numéricos elementares trabalhados nas séries iniciais, não eram alfabetizadas e interagiam pouco com professores e colegas na sala de aula. Elas foram acompanhadas durante quatro meses, nas quatro aulas semanais de Matemática, quando foram exploradas atividades que visavam melhorar seu desempenho matemático, independentemente do conteúdo relativo à série cursada. Houve avanços, ainda que tímidos. O trabalho apontou para formas de realizar um ensino mais efetivo da Matemática na Educação Inclusiva, proporcionando à Escola (re)construir uma prática pedagógica que favoreça o desenvolvimento de habilidades imprescindíveis à competência do aluno com síndrome de Down.

Por Christiane Milagre Da Silva Rodrigues

Palavras-chave: Aprendizagem Matemática / Educação Inclusiva / Síndrome de Down



ENTRELAÇANDO OS FIOS EDUCAÇÃO AMBIENTAL, SAÚDE MENTAL E TRABALHO EM EDUCAÇÃO PELAS REDES DE CONVERSAÇÕES

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 07:24)

O trabalho aqui apresentado se insere na linha de pesquisa de “Formação de Professores” do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Humanidades do Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes, campus Vitória. Problematiza processos de trabalho por meio de uma formação destinada a profissionais da educação do município de Serra/ES, visando à criação de táticas para produção de saúde, a partir do diálogo entre Educação Ambiental, Saúde Mental e Trabalho em educação. Assim, num movimento de aproximação com a metodologia da Cartografia, proposta por Deleuze e Guattari (2001), aposta na investigação enquanto acompanhamento de um processo formativo que teve como base as Redes de Conversações, segundo Carvalho (2009, 2017). A produção de dados é realizada a partir de uma postura teórico-metodológica problematizadora em busca de movimentos tecidos em Redes de Conversações, na intenção de capturar narrativas, enunciados, inventividades e imprevisibilidades, tensionando as questões macro e micropolíticas nos espaçostempos acerca da relação trabalhosaúde-ambiente. Traz como intercessores teóricos Félix Guattari, Gilles Deleuze, Suely Rolnik, Georges Canguilhem, Sandra Caponi, Denise Najmanovich, MarthaTristão, Janete Carvalho, entre outros. Tece problematizações com foco em questões como: dualismos constituídos na modernidade; educação ambiental complexa; concepção de saúde; medicalização da vida; trabalho em educação; coletividade; concepção de formação, na tentativa de evidenciar a criação de possibilidades de produção de saúde e de outros modos de vida com profissionais da educação. Por se tratar de mestrado profissional, além da realização da formação, resulta deste processo investigativo um produto educativo em formato de E-book que se constitui um material textual que visa inspirar práticas formativas destinadas aos profissionais da educação para que, por meio da ressignificação de seu conteúdo, possa disparar movimentos de discussão, problematização e produção de conhecimento acerca da relação trabalho-saúde-ambiente.

Por Marcela Fraga Gonçalves Campos

Palavras-chave: Educação Ambiental / Saúde Mental / Trabalho em Educação / Formação Continuada / Medicalização da Vida



ESCRILEITURAS DOCENTES: POR QUE ESCREVO?

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 05:09)

O presente artigo se constitui por encontros formativos tramados em redes de conversações e ações complexas (CARVALHO, 2009) com docentes em torno da pergunta: por que escrevo? Uma pergunta que mobilizou docentes – atuantes em turmas de 4º ano do ensino fundamental público e municipal de Serra, Espírito Santo – a problematizar e expandir seus conceitos de escrita e leitura na educação, provocados por signos artísticos e pelo exercício da escrita. Metodologicamente se baseia na cartografia (DELEUZE; GUATTARI, 1995), uma performance de pesquisa composta que acompanha os processos de subjetivações. Mobiliza como instrumentos de produção de dados: as narrativas e as oficinas de escrileituras docentes, ao convocar a escrita de si por meio da produção textual durante os encontros formativos. Como intercessores teóricos, recorre aos estudos de Corazza (2012), Foucault (2008), Deleuze (2003) e Larrosa (2002). Como considerações emergentes, destaca que os encontros formativos docentes desejam se desenvolver de modo conectado ao cotidiano escolar, politicaspráticas coletivas. Indica ainda os múltiplos agenciamentos que atravessam as práticas pedagógicas e a relação de escrever e ler por professores, o que fortalece a possibilidade da  insurgência docente como escrileitora de si e do mundo, pois força a pensar a educação diferentemente do que se pensa.

Por Izaque Moura de Faria

Palavras-chave: Docência / Escrita / Discurso / Invenção / Formação



EU NEM SABIA QUE ERA NEGRA ATÉ TE CONHECER”: LITERATURA COM TEMÁTICA DA CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA PARA CRIANÇAS PEQUENAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 12:46)

O tema central desta dissertação é a investigação das manifestações de crianças negras da educação infantil sobre seus pertencimentos étnico-raciais, quando interagem com a literatura com temática da cultura africana e afro-brasileira. A pergunta que mobilizou o estudo foi: os momentos de contato com obras de literatura infantil com temática da cultura africana e afro- brasileira possibilitam diálogos e reflexões que contribuem para o fortalecimento das identidades de crianças negras? O objetivo geral foi analisar as manifestações (falas, gestos, emoções, representações imagéticas) de crianças negras, entre quatro e cinco anos de idade de uma turma da educação infantil, sobre seus pertencimentos étnico-raciais, quando em contato com a literatura com temática da cultura africana e afro-brasileira. Decorrentes deste, os objetivos específicos foram: observar como as crianças pequenas interagem com livros literários que tematizam a cultura africana e afro-brasileira; investigar aspectos da identidade infantil, autoimagem, relacionamento entre criança/professora e criança/criança, a partir do pertencimento étnico-racial; identificar a influência das representações positivas de personagens negras da literatura infantil no pertencimento étnico-racial das crianças negras; elaborar, como produto educacional, um relato de experiências na Pós-graduação. Para tanto, a metodologia que conduziu esta investigação se deu por meio da pesquisa-ação, na perspectiva de Michel Thiollent (2000), de abordagem qualitativa. Estruturada nos temas literatura, infância, identidade e relações étnico-raciais, o referencial teórico que sustentou este estudo é composto por Eliane Debus (2017), Débora Cristina de Araujo (2018), fundamentando as discussões sobre a literatura; Eliane Cavalleiro (2020), Caroline F. Jango (2017), Anete Abramowicz e Fabiana de Oliveira (2012), Fúlvia Rosemberg (2011), Lucimar Rosa Dias (2007), Sara da Silva Pereira (2019), com a abordagem sobre infância e relações étnico-raciais; Nilma Lino Gomes (2017), Kabengele Munanga (2005), com discussões sobre raça e identidade. Os resultados provenientes da pesquisa indicam que se por um lado crianças negras da educação infantil demonstram medo quanto ao julgamento das crianças brancas sobre seu pertencimento étnico-racial, por outro a literatura de temática da cultura africana e afro-brasileira exerceu influencia na maneira em que muitas constroem sua identidade étnico- racial, sendo possível perceber que após o contato com os livros, houve mudanças na autodeclaração racial de algumas crianças negras. Além de proporcionar uma experiência com a literatura e um estímulo para a formação leitora, livros que contêm em seus enredos personagens que se aproximam da realidade racial das crianças em papel de protagonismos de modo humanizado e vivenciando atividades cotidianas, bem como recebendo carinho e valorização quanto à sua negritude, possibilitam uma construção racial positiva para crianças negras. Já para as brancas, proporcionam também uma educação na perspectiva antirracista que, desde a educação infantil pode mobilizar valorização de outras experiências humanas. A importância da Educação das Relações Étnico-Raciais na formação inicial e continuada de professores e professoras também é uma constatação que já vem sendo sinalizada em outros estudos e reafirmada por esta pesquisa.

Por Rosangela Pereira Dos Santos

Palavras-chave: Pesquisas com crianças / Literatura com temática da cultura africana e afro- brasileira / Educação Infantil / Relações étnico-raciais




Página: (Anterior)   1  2  3  4  5  6  7  8  9  10  ...  12  (Próximo)
  Todos