Catálogo de publicações acadêmicas Serranas


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AS DIFERENTES REPRESENTAÇÕES AO SE FAZER A TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA DO CONCEITO DE FUNÇÃO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 07:26)

Neste trabalho de pesquisa, procuramos entender as diferentes representações ao se fazer a transposição didática do conceito de função, baseados em referenciais teóricos que reconhecem a escola como um espaço não simplesmente repetidor de conhecimentos científicos, mas caracterizado pela produção e transformação de conhecimentos, no qual o processo de ensino-aprendizagem1 da matemática se dá pela compreensão, tratamento e conversão das representações dos objetos matemáticos. Para atingirmos os nossos objetivos, procuramos compreender como o conceito de função foi estabelecido, conhecendo sua construção histórica, refazendo a sua trajetória de produção como saber científico2 e passando pelas propostas de estudiosos e pelas orientações dos PCN para promover a sua transposição didática como objeto de ensino para o ensino médio. Numa linha de pesquisa qualitativa, com um olhar das teorias da didática da matemática de Yves Chevallard, das representações semióticas de Raymond Duval e do rigor do conceito fundamental de função de Bento de Jesus Caraça, analisamos como a construção do conceito de função foi proposta no livro didático adotado pela escola e, por meio de observações de sala de aula, verificamos como se deu, na prática, o desenvolvimento desse conceito e se os professores modelaram situações do cotidiano no estudo do conceito de funções para desenvolver o pensamento variacional3. Vimos que o livro didático adotado não dá elementos fundamentais para a formalização do conceito de função nem os professores utilizam, de forma coordenada, as diversas representações desse conceito quando abordam as representações algébricas, tabelas e gráficos, não possibilitando ao aluno uma aprendizagem significativa de dependência, correspondência, variáveis dependentes e independentes. Por fim, apresentamos recomendações didático-pedagógicas na forma de guia didático que auxiliem o professor na transposição didática do conceito de função.

Por Edson Alkimim

Palavras-chave: Transposição Didática / Representação Semiótica / Conceito de Função / Educação Matemática



AS POLÍTICAS DE PROTEÇÃO SOCIAL NO CONTEXTO ESCOLAR

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 12:14)

Esta dissertação teve o objetivo de investigar como a formalização das políticas de proteção social via programas e projetos socioeducativos se articulam com a educação escolarizada. Realiza uma discussão conceitual acerca das políticas de proteção social e “vulnerabilidade e risco social” a partir de aspectos históricos situando-as na lógica societária das desigualdades e complexificações das refrações da questão social do modelo capitalista de produção e reprodução social, sobretudo no contexto das reformas do Estado brasileiro enquanto demanda dos ajustes neoliberais. O lócus da pesquisa foi uma escola da rede pública municipal de Serra/ES. As investigações foram realizadas em duas etapas. A primeira constituiu-se de um estudo exploratório de caráter qualitativo. Por meio das análises abstraídas dessa fase, foi realizado um estudo de caso como segunda etapa da pesquisa. Os instrumentos utilizados, análise de documentos, observação participante e entrevistas, evidenciam que os programas e projetos socioeducativos desenvolvidos no espaço escolar visando a uma suposta proteção social, não guardam relação concreta com a melhoria dos processos de aprendizagem dos alunos, logo, seus efeitos na vida escolar desses alunos não foram evidenciados. Verificou-se ainda profunda desarticulação entre as propostas pedagógicas da escola e dos docentes com os programas e projetos investigados. A partir dos dados da pesquisa, pudemos ainda constatar que tais programas e projetos adentram o espaço escolar por meio de demandas externas envolvendo a Secretaria Municipal de Educação e a iniciativa privada. Concluímos que a proteção social no espaço escolar via programas e projetos socioeducativos necessita voltar-se à articulação com políticas públicas que ultrapassem os muros da escola e que de fato garantam o acesso a bens materiais e simbólicos com vista à melhoria das condições de vida material e sociocultural dos alunos a quem são destinados e, consequentemente, a melhoria da qualidade da educação escolarizada.

Por Marcia Cristina Almeida De Oliveira

Palavras-chave: Escola e Proteção social / Programas Socioeducativos / Vulnerabilidade e Risco Social 



AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE CASO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:51)

Este estudo assume como objetivo geral compreender o papel das relações interpessoais no processo de inclusão de crianças com deficiência em uma turma do primeiro ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do sistema municipal de educação de Vitória. Para isso, buscou-se: investigar o papel das relações interpessoais no processo de inclusão de alunos públicoalvo da Educação Especial na escola comum; conhecer o que os profissionais que atuam com esse público entendem e como estabelecem as relações interpessoais em prol do desenvolvimento dos alunos e analisar os processos de inclusão e exclusão escolares a partir das relações interpessoais, bem como seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem do público-alvo da Educação Especial. O referencial teórico adotado se baseou nos aportes da Psicologia Sócio-Histórica, tendo em Vigotski o principal interlocutor, considerando a premissa de que o ser humano constitui-se enquanto sujeito na sua relação com o outro social. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida na forma de um estudo de caso, com a utilização dos seguintes instrumentos metodológicos: observação, diário de campo, entrevistas semiestruturadas, conversas informais e fotografias. Como resultados, constatou-se que as relações interpessoais são um aspecto determinante no processo educacional dos alunos (as) com e sem deficiência, impactando de modo significativo no processo de ensino-aprendizagem. Os dados revelaram dificuldades relacionadas ao processo de relações interpessoais, vivenciadas entre os professores do ensino regular e da Educação Especial, especialmente no que se refere ao planejamento e às trocas de informações sobre os alunos com deficiência ou não. Com base nos achados da pesquisa, argumenta-se que seu desenvolvimento apresenta o potencial de contribuir com o fortalecimento e proposição de práticas educacionais mais inclusivas e democráticas, podendo vir a colaborar para a consolidação tanto da garantia de direitos quanto no âmbito da formação humana, visto que tangencia as relações interpessoais, conceito de suma importância para o ser humano numa perspectiva sócio histórica.

Por Marcia Maria Ferrari

Palavras-chave: Aprendizagem / Educação Especial / Ensino Fundamental / Inclusão Escolar / Processos inclusivos / Relações Interpessoais



ATIVIDADES DE LEITURA DE TEXTOS NA ALFABETIZAÇÃO: PROBLEMATIZAÇÕES A PARTIR DE CADERNOS ESCOLARES

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:55)

Objetiva analisar, a partir de cadernos escolares, atividades de leitura de textos na alfabetização de crianças, no período de 2000 a 2016. Busca responder à seguinte questão: que tipo de atividades de leitura de textos, materializadas nos cadernos escolares, vem sendo mais recorrentes na alfabetização de crianças? Teoricamente, fundamenta-se na abordagem bakhtiniana de linguagem e do seu Círculo, como Bakhtin (1992), Geraldi (2002), Bakhtin e Volochínov (2014) e Bakhtin (2015), que abordam dimensões de texto, sujeito e leitura. A metodologia utilizada foi análise documental, que teve como corpus 28 cadernos de discentes. As análises dos cadernos revelaram que o ensino proposto para a aprendizagem das atividades de leitura vem sendo pautado por textos de trechos literários que tiveram como exigências recorrentes dar respostas a questões encerradas no próprio texto. Notamos também que as atividades envolviam exercícios que apenas solicitavam aos discentes a identificar informações do texto. A segunda maior recorrência nos cadernos escolares envolvia as atividades de leitura com as canções musicais infantis que evidenciavam uma organização metodológica que tem como ponto de partida o texto, mas tem como ponto de chegada à palavra ou as sílabas e letras. Os cadernos dão indícios que as atividades de leitura de textos na alfabetização, nos municípios pesquisados (Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Linhares, Mimoso do Sul, Montanha, São Roque do Canaã, Santa Maria de Jetibá, Serra, Vila Velha e Vitória), vêm sendo compreendida como um processo de tarefa de identificar e extrair informações textuais.

Por Romulo Teixeira Macedo

Palavras-chave: Cadernos escolares / Atividades de leitura / Alfabetização



ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR: A ARTICULAÇÃO ENTRE O PROFESSOR DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E O DA SALA DE AULA COMUM

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 06:41)

Com o objetivo de discutir sobre a articulação do trabalho do pedagogo com professores do ensino médio e do atendimento educacional especializado, a dissertação teve por base a inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual em uma escola da rede pública estadual do município de Barra de São Francisco/ES. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como metodologia o estudo de caso. Os participantes da pesquisa foram os professores efetivos e aqueles em caráter de designação temporária da sala de aula regular e do atendimento educacional especializado. Como instrumentos de produção de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, observação participante e grupo focal. O referencial teórico consiste nas discussões de Paulo Freire sobre o conceito de dialogicidade. Por meio do diálogo com os professores, foi possível conhecer a realidade e o contexto da escola e os desafios apresentados no processo de inclusão escolar dos alunos com deficiência intelectual matriculados no ensino médio. A pesquisa ilustra que significativo número de professores se interessa, participa e propõe práticas de mudanças que atendam e efetivamente incluam esses estudantes. Alguns professores reconhecem qual é o seu papel, mas sinalizam dificuldades em desempenhá-lo, alegando que ainda necessitam de auxílio para trabalhar com um grupo tão diverso, além de orientação e apoio no que diz respeito aos planejamentos e à elaboração de avaliações, em diferentes linguagens e tempos para atender a todos. Nesse sentido, foi construído o produto final, materializado em uma formação em serviço, que oportunizou aos participantes compartilharem suas dúvidas e demandas do cotidiano, concernentes aos alunos com deficiência intelectual, e elaborarem, junto ao próprio grupo de professores, estratégias que oportunizassem a construção de conhecimento e a garantia de um ensino de qualidade a esses estudantes.

Por Mariana Karoline Dias Coelho Estevam



AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM À LUZ DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 12:05)

Essa dissertação tem como objeto de estudo a avaliação da aprendizagem na educação infantil e, dessa forma, realizamos um levantamento da literatura que evidencia a ausência de produções sobre essa temática, sobretudo, com base no referencial da pedagogia histórico-crítica, o que acarretou inquietações que nos mobilizaram a desenvolver essa pesquisa, pois é imprescindível evidenciar as contribuições dessa teoria pedagógica para a organização dos processos avaliativos. Tomando como base de análise o referencial da pedagogia histórico-crítica, elegemos as seguintes questões de pesquisa: 1) Qual a predominância teórica nos estudos da área da avaliação da aprendizagem escolar e quais os fundamentos epistemológicos subjacentes às produções sobre avaliação da aprendizagem? 2) Que fundamentos epistemológicos têm subsidiado as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), no que se refere à avaliação da aprendizagem? 3) Que contradições são evidenciadas nas discussões em torno da avaliação na educação infantil? Considerando o tema dessa pesquisa, estabelecemos como objetivo geral analisar, à luz da pedagogia histórico-crítica, a predominância dos estudos na área da avaliação da aprendizagem escolar na educação infantil, buscando as suas contradições e possibilidades. Assim, delimitamos como objetivos específicos: identificar a concepção de avaliação e os fundamentos epistemológicos mais predominantes nas produções acadêmicas encontradas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD); examinar os fundamentos epistemológicos que têm subsidiado as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil sobre a avaliação da aprendizagem escolar; elucidar as contradições presentes nas discussões sobre a avaliação da aprendizagem na Educação Infantil. Qual a predominância nos estudos na área da avaliação da aprendizagem escolar e quais os fundamentos epistemológicos adjacentes às produções sobre avaliação da aprendizagem? Que contradições são evidenciadas nas discussões em torno da avaliação na educação infantil? Diante de tais contradições, quais as contribuições da pedagogia histórico-crítica para a compreensão da avaliação da aprendizagem? Essa pesquisa é de natureza teórica, de cunho bibliográfico e documental. Os resultados apontam duas contradições em torno das discussões sobre a avaliação na educação infantil: não percebemos, nos documentos analisados nem nos autores mais citados nas produções acadêmicas, uma ruptura com o ideário defendido pela lógica neoliberal, mas sim um alinhamento a este, o que vai de encontro ao reais e necessários interesses da classe trabalhadora. Tendo em vista a hegemonia de um discurso que se vincula ao ideário do “aprender a aprender”, outra contradição decorrente dessa aliança com o projeto neoliberal refere-se ao crescente esvaziamento dos conteúdos escolares, sejam eles históricos, artísticos ou filosóficos. Nossa defesa é a de que a educação infantil necessita ter o ensino como eixo para sua organização. Buscando sinalizar alguns elementos sobre a avaliação da aprendizagem no âmbito da pedagogia histórico-crítica, entendemos que ela se constitui como atividade mediadora no interior da prática educativa, na medida em que se interpõe entre a atividade de ensino e a atividade de aprendizagem. Entender a avaliação como atividade mediadora significa superar a ideia de mediação como elo ou ponte e entendê-la como movimento da atividade que se interpõe sobre os polos da “atividade de ensino” (professor) e da “atividade de aprendizagem” (aluno), captando suas relações e ultrapassando-as, promovendo a transformação de todo o conjunto.

Por Tainara Pereira Castro

Palavras-chave: Avaliação da aprendizagem / Educação Infantil / Pedagogia Histórico-Crítica



AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA NO PRIMEIRO ANO DO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 06:50)

Este trabalho, de cunho teórico-bibliográfico, tem como objeto de estudo a avaliação da aprendizagem da leitura e da escrita no primeiro ano do ensino fundamental. A formulação de nosso objetivo explicita o intento de contribuir com a explicitação de elementos que corroborem a prática pedagógica em alfabetização, no que diz respeito à avaliação de processo e de produto. Para compreender os elementos constituintes desse objeto, apresentamos discussões acerca da alfabetização no Brasil colocando em evidência os pressupostos da perspectiva construtivista, teoria que se firmou hegemônica nas últimas décadas em nosso país, e suas implicações no processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita. Versamos também sobre os pressupostos teóricos e metodológicos da pedagogia histórico-crítica, referencial que fundamenta nosso estudo, explicitando como o processo de alfabetização é compreendido por essa perspectiva teórica. Entendemos neste estudo que a avaliação constitui-se em uma ação inerente à atividade humana, portanto, ela não acontece apenas no contexto escolar. Contudo, faz-se necessário diferenciar a avaliação prática e imediata, da avaliação intencional, realizada na escola e que possui um caráter sistemático. Assim, para discutirmos a avaliação do processo de alfabetização no primeiro ano do ensino fundamental à luz da teoria histórico-crítica, foi preciso compreender e apresentar neste trabalho como se dá a apropriação da leitura e escrita nesta etapa da Educação Básica. Com base nos autores estudados, consideramos que para a criança ser alfabetizada é preciso que ela desenvolva determinadas capacidades e, nesse sentido, dedicamos uma parte deste trabalho para discutir algumas questões relativas ao desenvolvimento infantil e sua relação com a aprendizagem escolar. Destacamos que a organização de um ensino desenvolvente requer que o docente planeje atividades que provoquem alterações de ordem psíquica nas crianças, assim, a avaliação se insere na prática pedagógica não apenas como produto, mas também como processo, uma vez que para planejar tais atividades, o professor precisa avaliar o nível de desenvolvimento da criança. Ressaltamos que a prática pedagógica alfabetizadora é constituída por múltiplas determinações e situar a avaliação nessa prática não é uma tarefa simples. Com isso, não tivemos a pretensão de criar modelos avaliativos, mas em nossas considerações finais realizamos um esforço teórico e esboçamos, com base nas ideias apresentadas ao longo deste trabalho, algumas questões que contribuem com a avaliação da aprendizagem da leitura e da escrita.

Por Thuany Ramos Lopes Zambon

Palavras-chave: Avaliação da aprendizagem / Alfabetização / Pedagogia histórico-crítica



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CAPIXABANDOS E CONVERSAÇÕES E JURISPRUDÊNCIAS EM FRENTE À PRESCRIÇÃO CURRICULAR NO ESPÍRITO SANTO: O CONGO COMO MÁQUINA DE GUERRA NÔMADE

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:48)

Esta pesquisa tem a intenção de inventar com uma escola pública micropolíticas e jurisprudências que tentam subverter os determinismos das prescrições “Base Nacional Comum Curricular” (BNCC) e “Currículo do Espírito Santo” (CES), produto da Base no contexto capixaba. Como referencial teórico-epistemológico, aposta nos estudos dos cotidianos de Certeau , principalmente, para entender os usos que os professores têm feito das prescrições curriculares supracitadas. Valora a força criativa e imanente da diferença, utilizando Deleuze e Guattari como intercessores teóricos que nos fazem pensar a escola e seus escapes como modelos arbóreos , principalmente, quando nos possibilitam delirar com a potência dos signos, daqueles que insistimos em chamar de signos capixabas . Estes aparecem na pesquisa como disparadores que evocam a força das produções culturais de resistência dos povos originários e negros diante dos absurdos impostos nos processos colonizadores. Nessa brecha é que nos valemos dos signos capixabas , sobretudo, do Congo, como política inventiva , como uma Máquina de Guerra Nômade que convoca o povo capixaba a resistir, criar e alcançar uma dimensão artística perante as perversidades da Máquina de Estado que se instaura desde 1535 no território espírito-santense. Nesse jogo, personagens conceituais são colocados por entre as linhas da escrita para nos fazer pensar nas ressonâncias que tomam nossos corpos em frente às disputas curriculares dos movimentos instituído-instituintes. Trata-se dos capixabandos e das onças. Como marco-metodológico, este estudo aposta na dimensão político-epistemológico-inventiva das pesquisas com os cotidianos , que advogam a favor dos capixabandos por não conceberem os capixabas como passivos, dóceis ou submissos, mas como aqueles que produzem políticas de currículos e nos ajudam a nos afastar dos estados da onça que tentam eclodir em nossos corpos durante este trabalho. Esta pesquisa acena para a existência de um movimento jurisprudencial que há nas escolas porque as onças legisladoras e os esturros colonizadores das normatizações acabam por tentar matar as vidas com limitações, generalidades e intencionalidades a serviço do capital. Assim, as jurisprudências demarcam a indispensabilidade das conversas cotidianas para decisões de ação pela vida, levantando o poder instituinte, cujo povo é titular, como sugestão, inclusive, da prescindibilidade de prescrições curriculares e de escritos eivados de morte.

Por Lucas Borges Soeiro

Palavras-chave: Base Nacional Comum Curricular / Currículo do Espírito Santo / pesquisas com os cotidianos / capixabandos / congo / signos capixabas



CARTOGRAFIA DOS AFETOS: OU DA ALEGRIA COMO EXPERIMENTAÇÃO POLÍTICA DA GESTÃO INVENTIVA NOS TERRITÓRIOS CRIANCEIROS

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 13:16)

Em versos de linhas gotejantes, este bordado-tese em devir-tecelã deixa destilar pistas das intensidades experienciadas nos mergulhos intensivos que puderam jorrar, trans-bordar e experimentar a alegria como potência política. Alegria política que fomenta uma gestão em seu devir inventivo nos seus desdobramentos com as processualidades formativas e a produção de currículos gestos, produzindo redes de afetos nos territórios crianceiros, na constituição de modos de existências mais alegres. Para essa aposta investigativa, busca com a cartografia, em composição com os cotidianos do território crianceiro Cmei-ar, experimentações cartodianas com o com-versar e o com-fabular e o com-partilhar e o com-viver e e e ... como potência para tecer um bordado-tese com os gestos sensíveis de uma gestão em devir. Linhas minoritárias que tecem, destecem e entretecem fios que agenciam a alegria como potência política na produção de subjetividades singularizadas nos territórios crianceiros. A aposta com as filosofias da diferença inspirou a composição teórica sobretudo com Deleuze & Guattari, em interlocução com forças outras para tecermos fios com a produção da alegria no tocante à gestão inventiva como tecitura dos processos experienciados em composição com a diferença. Experimentações efetuadas nas fendas de uma cartografia, que possibilitaram deslocamentos na produção de sentidos, na criação de mundos em redes de afetos ao encontro com um campo de forças constituído pelas crianças, docentes, pedagogas, merendeiras, serventes, auxiliares administrativos, estagiárias, auxiliares de creche, famílias, diretora escolar, artes, literaturas, filosofias, músicas, imagens, com-versas... Encontros com forças engendradas nas composições de gestos que efetuam afetos ativos. Ao encontro desses desdobramentos com as linhas sensíveis, esta pesquisa reverbera os efeitos da alegria como potência política em tempos de assombros, para fabular uma escrita tese como acontecimento intenso, tenso e aberto em zonas de indeterminação. Dessarte, este bordado-tese, em seu devir-tecelã, é um com-vitae a movimentar o pensamento sobre a alegria como potência política na gestão inventiva dos territórios crianceiros, buscando nos possíveis a afirmação da vida para não sufocarmos!

Por Juliana Paoliello Sanchez Lobos

Palavras-chave: Gestão inventiva / Processualidades formativas / Currículos gestos / Alegria



COMPOSIÇÕES EM MATILHA: POTÊNCIA COLETIVA QUE PRODUZ RESISTÊNCIAS E CRIA MOVIMENTOS INVENTIVOS CURRICULARES

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 13:03)

Trata-se de uma pesquisa que, ao potencializar a emergência de novos modos de composição e experimentações com professoras e crianças, defende as composições em matilha e o devir- lobo não como metáfora, mas como modo de problematizar a potência do trabalho coletivo no cotidiano escolar, constituindo-se como forças de resistências que, ao fazer o currículo uivar, cria movimentos de invenções curriculares. Objetiva, portanto, cartografar as singularizações que ganham força no cotidiano escolar, indicativas de novos territórios de sentido, que potencializam a constituição do comum, fortalecendo o trabalho coletivo e as invenções curriculares. Para tanto, dialoga com Deleuze, Deleuze e Guattari, Spinoza, Carvalho, Gallo, Paraíso, Simonini, dentre outros, como intercessores teóricos para pensar a força das relações, dos afetos e afecções, dos devires, dos signos artísticos, das problematizações e experimentações na composição com o corpo coletivo escolar. Apresenta como abordagem metodológica a cartografia e as redes de conversações derivadas de encontros com professoras e crianças de uma escola de Educação Infantil do município de Serra-ES. Ao defender uma educação pensada “com” as matilhas, aposta na concepção de currículosmatilhas vividos/produzidos em meio às multiplicidades de conhecimentos, linguagens, afetos e afecções que circulam em redes de conversações e ações complexas nos cotidianos escolares e se constituem como corpos coletivos. Destaca-se, portanto, a força de uma concepção outra de currículo que, ao uivar, problematiza, perturba, provoca, desterritorializa, resiste, cria, inventa, experimenta, (re)existe. Argumenta pela expansão da força de ação coletiva na/da escola não como ajuntamento de pessoas para um trabalho coletivo homogêneo, mas como uma organização que leva em conta as multiplicidades, a diferença e a constituição de um comum plural. Conclui que as composições em matilha se constituem como potência para expansão da força de ação coletiva na/da escola, por colocarem em evidência os diferentes uivos, as multiplicidades, as diferenças que interrompem a mesmidade, o uno, possibilitando, assim, que, por meio dessas múltiplas/diferentes forças em relação, a escola venha se tornar uma comunidade sempre aberta e permeável, uma comunidade compartilhada, um coletivomatilha. Em composição com este trabalho e como produto de pesquisa, discute/problematiza a força da coletividade para a formação, para a prática docente e para os movimentos de invenções curriculares nos desdobramentos dos encontros-formação com professoras realizados no âmbito do Projeto de Extensão “Pensando em matilhas: potência coletiva que produz resistência e cria movimentos inventivos curriculares”.

Por Hociene Nobre Pereira Werneck

Palavras-chave: Coletividade / Resistências / Invenções curriculares / Redes de conversações / Cotidiano escolar




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