CARTOGRAFIA DOS AFETOS: OU DA ALEGRIA COMO EXPERIMENTAÇÃO POLÍTICA DA GESTÃO INVENTIVA NOS TERRITÓRIOS CRIANCEIROS

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 13:16)

Em versos de linhas gotejantes, este bordado-tese em devir-tecelã deixa destilar pistas das intensidades experienciadas nos mergulhos intensivos que puderam jorrar, trans-bordar e experimentar a alegria como potência política. Alegria política que fomenta uma gestão em seu devir inventivo nos seus desdobramentos com as processualidades formativas e a produção de currículos gestos, produzindo redes de afetos nos territórios crianceiros, na constituição de modos de existências mais alegres. Para essa aposta investigativa, busca com a cartografia, em composição com os cotidianos do território crianceiro Cmei-ar, experimentações cartodianas com o com-versar e o com-fabular e o com-partilhar e o com-viver e e e ... como potência para tecer um bordado-tese com os gestos sensíveis de uma gestão em devir. Linhas minoritárias que tecem, destecem e entretecem fios que agenciam a alegria como potência política na produção de subjetividades singularizadas nos territórios crianceiros. A aposta com as filosofias da diferença inspirou a composição teórica sobretudo com Deleuze & Guattari, em interlocução com forças outras para tecermos fios com a produção da alegria no tocante à gestão inventiva como tecitura dos processos experienciados em composição com a diferença. Experimentações efetuadas nas fendas de uma cartografia, que possibilitaram deslocamentos na produção de sentidos, na criação de mundos em redes de afetos ao encontro com um campo de forças constituído pelas crianças, docentes, pedagogas, merendeiras, serventes, auxiliares administrativos, estagiárias, auxiliares de creche, famílias, diretora escolar, artes, literaturas, filosofias, músicas, imagens, com-versas... Encontros com forças engendradas nas composições de gestos que efetuam afetos ativos. Ao encontro desses desdobramentos com as linhas sensíveis, esta pesquisa reverbera os efeitos da alegria como potência política em tempos de assombros, para fabular uma escrita tese como acontecimento intenso, tenso e aberto em zonas de indeterminação. Dessarte, este bordado-tese, em seu devir-tecelã, é um com-vitae a movimentar o pensamento sobre a alegria como potência política na gestão inventiva dos territórios crianceiros, buscando nos possíveis a afirmação da vida para não sufocarmos!

Por Juliana Paoliello Sanchez Lobos

Palavras-chave: Gestão inventiva / Processualidades formativas / Currículos gestos / Alegria


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