UMA DESCRIÇÃO FENOMENOLÓGICA E ANALÍTICA EXISTENCIAL DO SENTIDO DA VIDA DE SER LEONARDO, UM ALUNO ADOLESCENTE CEGO, PERSONAGEM DO FILME HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO

(Última edição: quinta, 2 Mai 2024, 11:49)

[INTRODUÇÃO] A arte e a realidade podem ser consideradas como indissociadas, ainda que uma seja diferente da outra, por isso seu impacto na pesquisa em Educação Especial tem sido considerado relevante [OBJETIVO] Compreender o "que é" e "como é" o sentido da vida de ser Leonardo, um estudante adolescente cego, personagem do filme Hoje eu quero voltar sozinho (BRASIL, 2014, de Daniel Ribeiro). [MARCO TEÓRICO] Viktor Emil Frank (1905-1997), trabalhando com os termos "sentido da vida", "vontade de sentido" e "otimismo trágico". [TRAJETÓRIA DE PESQUISA] Pesquisa fenomenológica - Forghieri e Frankl. O sentido da vida de ser Léo foi se desvelando nas descrições compreensivas, nas versões de sentido - VS, compondo uma analítica existencial minuciosa. Fizemos uma descrição da "essência existencializada" do sentido da vida dele ser Leonardo. Selecionamos imagens do filme e inserimos textos, desvelando mais sentidos e, ao mesmo, tempo apontando as essências advindas da existência. [RESULTADOS E DISCUSSÃO] Dividimos esse capítulo em três subcapítulos, estando eles interligados e buscando responder à questão e objetivo geral da pesquisa. Ficou claro que ser Leonardo é algo complexo e que tem dinâmica própria desvelando seus "modos de ser" do "ser no mundo". Tudo por meio das descrições, versões de sentido (VS) e analíticas existenciais que mostrou Léo nos seus "modos de ser": resiliente, amigo, ligado à família e a alguns professores inclusivos de sua escola, enfrentando preconceitos na instituição escolar, entregando-se ao amor romântico etc. Mas, o "que é" e "como é" ser Leonardo, um aluno cego, que responde pelo sentido da vida, quando essa mesma (vida) lhe interroga (pelo sentido)? Ele é um ser sempre em movimento, incompleto e inconcluso, criando em si um ser: da amizade; dos afetos familiares; da resiliência na escola contra os preconceitos; das atitudes inclusivas na escola, pela professora de História dentro da sala de aula e pelo professor de Biologia na ampla sala de aula no campo/acampamento; da autonomia, reconhecendo o outro da relação; da resiliência fora da escola; do amor romântico. [PÓS-ESCRITO] Optamos por descrever o esboço de uma ideia discursiva geral de formação humanista-existencial frankliana, associada com a referida obra de arte cinematográfica de Daniel Ribeiro, criando uma prática educacional totalmente direcionada para a professora de Educação Especial, que trabalha com aluno cego (e outros) na sua sala de aula inclusiva e na sala de Atendimento Educacional Especializado - AEE.

Por Menderson Rezende De Moura

Palavras-chave: Educação Especial Inclusiva e cinema / Estudante cego / "Hoje eu quero voltar sozinho" / Viktor E / Frank / Fenomenologia e existencialismo


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